Projeto Unidos pela Fibra

   A Moradia e Cidadania/MA e seus parceiros executam desde 01 de dezembro de 2010 o Projeto Unidos pela Fibra, em São Luis do Maranhão. Com duração de 18 meses, o projeto tem como objetivo capacitar um grupo de artesãos para desenvolver toda a cadeia produtiva de produtos com fibras de buriti. A proposta de capacitação visa trabalhar com os artesões do grupo da Associação de Artesãos Unidos pela Fibra da Área Itaqui Bacanga, Comunidade Vila Ariri, no total de 30 pessoas, dentre estas 90% são mulheres, com renda familiar entre 1 e  1½ salário mínimo mensais.

    O artesanato é uma atividade que surge na comunidade como forma de geração de renda. O grupo proposto, Unidos pela Fibra, iniciou sua organização no ano de 2006, trabalhando com fibra de buriti, e hoje já produz diversas peças de artesanato como: bolsas, sacolas, sandálias, brindes diversos, toalhas, caminho de mesa, etc. A produção é comercializada em feiras e através de encomendas. O grupo já trabalha de forma associativa, porém a Associação ainda não está legalizada e o seu trabalho necessita apoio para aprimorar a cadeia produtiva e a comercialização dos seus produtos no sentido de gerar renda para o grupo.

    A Moradia e Cidadania/MA já desenvolveu ações junto a grupos de artesãos maranhenses e outras áreas da cultura maranhense, através do Projeto INCLUE – Incubadora de Empreendimentos Culturais, em parceria com o SEBRAE/MA, no período de 2002 a 2007, fez pesquisas e levantamentos da situação do artesanato maranhense, bem como Estudos de Viabilidade Técnica para a montagem do Plano de Negócio da INCLUE.

 

    Segundo os dados levantados pelo SEBRAE, através de pesquisa e diagnóstico, constatou-se a existência de aproximadamente 50.000 artesãos em todo o Estado, fato este que demonstra que o setor tem representatividade no Estado. Porém, o artesanato maranhense ainda não é um setor organizado, pois o mesmo ainda apresenta dificuldades relacionadas a produção, comercialização e da qualificação do artesão, o que se pôde constatar através do diagnóstico.

 

    Pode-se evidenciar, então, que o artesanato maranhense apresenta perspectivas de organização do setor, porém busca-se a inovação, a qualidade estética, sem esquecer a identidade, as habilidades dos artesãos e as tradições regionais e para isso, a intervenção através de ferramentas tecnológicas, com destaque para o design, vem agregar valor aos produtos artesanais apresentando ao mercado uma produção diferenciada. Neste sentido a produção artesanal é uma opção para se trabalhar a geração de renda principalmente nas comunidades com maiores dificuldades sócio econômica, ressaltando-se que este trabalho com a fibra de buriti, é um trabalho de preservação ambiental, pois a matéria prima é oriunda de planta nativa típica da região.

 

    Atualmente o grupo Unidos pela Fibra é constituído de 14 mulheres que já desenvolvem o trabalho de forma coletiva, e tem capacidade de produzir mensalmente em torno de 2.000 peças dos 20 tipos de produtos (sandálias, bolsa, sacolas, pastas para eventos, toalhas, caminho de mesa, souvinis, porta moedas, marcador de página, chaveiros, agenda pequena, porta cartão, porta celular, bijuterias, jogo americano, suporte para panela, porta fósforo e outros). A capacidade do Grupo, ainda é baixa para a demanda e também do total produzido, a média dos produtos vendidos é de 20%.

 

    O trabalho é produzido em um espaço físico cedido por uma pessoa do grupo, porém, já possuem um terreno para a construção da sua sede, onde será incluída a oficina de produção do artesanato. A construção do espaço será realizada com a parceria da Moradia e Cidadania/MA e as artesãs já estão articulando também o apoio da SEPLAM – Secretaria de Planejamento do Município de São Luís e a Companhia Vale do Rio Doce.

 

    A área Itaquí-Bacanga, onde este trabalho é realizado, possui buritizeiros e o grupo já aprendeu a técnica de extração e beneficiamento da matéria prima, com a preocupação ambiental em preservar as próprias palmeiras, fazendo o seu manejo consciente.

 

    O grupo pretende com este projeto maior aperfeiçoamento da técnica de extração e o repasse para outros artesãos, inclusive fora de São Luís e a longo prazo pretende também, fazer o replantio das palmeiras, com o objetivo de garantir a sustentabilidade desta atividade.

 

Parceiros: COEP, SEBRAE, FÓRUM DE ECONOMIA SOLIDÁRIA,CAIXA, IDAM – Instituto de Desenvolvimento do Artesanato do Maranhão, ELETRONORTE.

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