Em São Paulo, o projeto Morar Primeiro vem transformando a vida de pessoas que viviam em situação de rua. A iniciativa oferece mais do que um teto: garante dignidade, cuidado e a oportunidade de recomeçar.
Idealizado em março de 2023 pelo Padre Júlio Lancellotti, junto à Paróquia São Miguel Arcanjo, o projeto nasceu da doação dos primeiros imóveis e da construção de uma rede de solidariedade que cresce a cada dia.
Além de moradia, o Morar Primeiro oferece acompanhamento psicossocial e jurídico, encaminhamentos para saúde, educação e trabalho, apoio contínuo na reinserção social e manutenção dos imóveis.
A ONG Moradia e Cidadania/SP, por meio do comitê SP Centro/Brás, é parceira ativa, contribuindo diretamente com os custos das famílias acolhidas. A organização também integra a campanha “Adote uma Família”, fundamental para garantir a subsistência nos primeiros meses.
A gestão do projeto é conduzida pela Associação pela Propriedade Comunitária (APC), que também administra o FICA – Fundo Imobiliário Comunitário para Aluguel e o FUA – Fundo Agroecológico, iniciativas que fortalecem o direito à moradia e a proteção social.
Atualmente, o Morar Primeiro acolhe 50 pessoas, que antes viviam sob os viadutos Antônio Paiva Monteiro e Pádua Dias, na cidade de São Paulo. São 16 unidades habitacionais, distribuídas em 5 imóveis na Zona Leste, oferecendo uma nova perspectiva de vida.
Inspirado no modelo internacional Housing First (Moradia Primeiro), o projeto adota a moradia como ponto de partida, sem exigências prévias, reforçando uma abordagem humanizada e efetiva no enfrentamento à situação de rua.