Silvana Reis Alencar de Almeida

9 jun 2011
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Silvana Reis Alencar de Almeida

O que nos falta é a capacidade de traduzir em proposta aquilo que ilumina a nossa inteligência e mobiliza nossos corações: a construção de um novo mundo. Betinho.

Movida pelo anseio da transformação social do país, Silvana Reis Alencar de Almeida dedicou-se a realizar propostas para a construção de um mundo mais solidário. De acordo com Silvana, o que a motiva continuar o trabalho social é “a esperança e a certeza de que se unirmos forças, venceremos a desigualdade social, a fome e a miséria em que vivem tantas pessoas em nosso país e no mundo.”

Natural do Estado do Tocantins, Silvana é bancária, mãe, e ativa no movimento social. Como Coordenadora da ONG Moradia e Cidadania/TO, de 2002 a 2011, desenvolveu diversos projetos que fizeram diferença para o melhoramento das comunidades atendidas.

Em entrevista para o Portal da Moradia e Cidadania, Silvana conta um pouco da sua trajetória em prol da solidariedade:

Moradia e Cidadania: Há quanto tempo trabalha com a causa social? Relate um pouco da sua trajetória na causa social.

Silvana: Desde a infância fui estimulada pela minha família, especialmente pela minha mãe, Dona Dionisulda, a praticar solidariedade. Venho de família humilde e de cidade interiorana. Nova Olinda, norte do Tocantins. Lá as pessoas costumam se ajudar na luta pela sobrevivência. Minhas primeiras ações foram pautadas nos ensinamentos cristãos, vivenciando a caridade e o amor ao próximo. Ainda jovem iniciei a participação em grupos informais que se envolviam em campanhas e demais ações solidárias. Ao ingressar na Caixa Econômica Federal tive a oportunidade de participar do movimento da ação da cidadania que aos poucos foi se estruturando em toda a instituição, atendendo ao chamamento do sociólogo Betinho. Em 2002, recém chegada em Palmas, capital do Tocantins, fui convidada a assumir, como voluntária, a coordenação da ONG Moradia e Cidadania no estado. Encarei o desafio, busquei capacitação e me empenhei para desempenhar com afinco essa tão nobre missão. Este mês deixo a coordenação, com a certeza de que podemos e devemos contribuir para transformar a realidade e melhorar a vida das pessoas, pois além de ser gratificante, nos ajudar a evoluir como ser humano.

Moradia e Cidadania: Qual a importância de desenvolver projetos sociais em comunidades de baixa renda?

Silvana: Os projetos sociais contribuem para fortalecer e emancipar as comunidades, construindo mecanismos para que elas evoluam de forma sustentável. Por isso são importantes; mas precisam ser construídos de forma participativa, envolvendo a comunidade e voltados para atender suas necessidades.

Moradia e Cidadania: O que mudou na sua vida e na vida das pessoas de baixa renda que são atendidas? Qual é a coisa de maior valor que você aprendeu com o trabalho voluntário?  

Silvana: Mudei a forma de ver o mundo. Aprendi a valorizar tudo ao meu redor e a respeitar mais os limites e as diferenças. Quanto às pessoas atendidas, acredito ter contribuído para melhorias em suas vidas, compartilhado conhecimentos e transmitido intenção sincera de apoio e de desejo de um futuro melhor para todos.

Moradia e Cidadania: O que uma pessoa precisa para ser voluntária?

Silvana: Querer doar um pouco de si em prol do seu semelhante. Perceber que nossa vida é reflexo do coletivo em que vivemos, e que sempre temos algo a doar e a contribuir para engrandecer o mundo em que vivemos.

Moradia e Cidadania: Qual é a mensagem que você gostaria de transmitir às pessoas que têm vontade de ajudar as pessoas de baixa renda?

Silvana: Que não desanimem diante das primeiras dificuldades. Que não fiquem esperando um tempo para iniciar esse trabalho. Que criem esse tempo e iniciem já, pois a maior recompensa quem recebe somos nós mesmos, em forma de gratidão, de bondade, de um sorriso amigo… e isso faz toda a diferença na nossa vida e na vida daqueles a quem ajudamos.

Moradia e Cidadania: Quais seus projetos para o futuro?

Silvana: Deixo a coordenação da ONG Moradia e Cidadania, mas continuo como voluntária nos projetos. Inicialmente pretendo colaborar com a nova coordenadora, Maria Fernanda, e depois, na medida do possível, identificar uma forma de continuar contribuindo para a melhor estruturação da coordenação Tocantins e para a realização dos projetos. Quando me aposentar, daqui a seis anos, tenho a intenção de me envolver mais efetivamente no terceiro setor.

Moradia e Cidadania: Para você, qual a importância da inserção dos empregados da CAIXA nas ações da ONG?

Silvana: Importância grandiosa. Trabalhamos em uma empresa que dissemina os princípios da responsabilidade sócio ambiental e somos incentivados a realizar trabalhos voluntários.Para os que são associados à ONG Moradia e Cidadania, organização que criamos, temos o dever de participar e os que ainda não são associados devem aproveitar a oportunidade de exercitar o voluntariado e conhecer a grandiosidade dessa prática solidária. Agradeço a Deus e a toda a família “Moradia e Cidadania” a oportunidade de ter vivido esta experiência. Desejo que as pessoas envolvidas continuem unidas em prol dessa nobre causa e que o fruto desse trabalho permita que as futuras gerações possam, de fato, viver em um mundo melhor.

 

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