Nancy Heloisa Silva Barbosa

1 ago 2014
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Nancy Heloisa Silva Barbosa

     Nancy Heloisa Silva Barbosa tem 56 anos, é psicóloga, especializada em Psicodrama e Terapia Familiar Sistêmica. Há 30 anos desenvolve trabalhos voluntários. “Meu primeiro trabalho foi em Minas – Ouro Branco, passando de casa em casa pedindo alimentos que eram utilizados nas cestas que doávamos às pessoas que assistíamos.” Nancy está à frente da Coordenação Goiás há pouco mais de um ano, e este mês conheceremos melhor sua história. Confira. 

Moradia e Cidadania: Relate um pouco da sua trajetória na causa social.

     Iniciei no trabalho voluntário quando passei a ser espírita e tive contato a doutrina kardecista. Em Goiânia, comecei trabalhando nos chamados “sopões”, em que doávamos nosso sábado preparando alimentos, fazendo a sopa e servindo aos necessitados. Adorava trabalhar nos festivais: sorvete, pipoca, pizza, e por aí. O contato com crianças carentes levou-me a trabalhar com a catequese daquelas crianças, repassando a elas práticas do bem, noções de cidadania, solidariedade, amor, perdão. Participei também na CAIXA do projeto ODM, no qual tive oportunidade de participar de ações em comunidades dos lixões. Muito aprendizado também.

Moradia e Cidadania: O que te motiva a continuar com o trabalho social? 

     A certeza de que, investindo no trabalho social, podemos melhorar o mundo sim. 

Moradia e Cidadania: Como você, voluntário, avalia o trabalho da Moradia e Cidadania? 

     É um trabalho magnífico e de grande repercussão social. Muito tem sido feito, e muito temos ainda a fazer. Nossas ações tem gerado resultados positivos; tiramos muitas crianças das ruas em horários extra-escolares; proporcionamos condições de profissionalização, com a geração de trabalho e renda; resgatamos e valorizamos nossa cultura local e os bons costumes. É um trabalho  de formiguinhas, de parcerias, de voluntariado.

Moradia e Cidadania: Quais são suas expectativas como coordenador estadual? 

     Poder fazer o melhor para que a ONG cresça e se estruture a cada dia, não só associando, mas envolvendo e conscientizando mais e mais pessoas, para que tenhamos um reconhecimento maior, possamos ajudar mais, incluir mais, enfim, sermos atores de um mundo humanamente melhor. 

Moradia e Cidadania: Qual é a coisa de maior valor que você aprendeu com o trabalho voluntário? 

     Aprendi o significado de “amar incondicionalmente”, e a não sofrer diante da miséria e vulnerabilidade humanas, a partir do momento que tenho consciência de que estou fazendo algo por alguém. Costumo fazer uma analogia entre o trabalho voluntário e a atividade física: enquanto esta traz benefícios para o corpo, aquele faz um bem danado pra alma. É difícil começar, precisa de muita motivação e, às vezes, até de companhia mas, depois de um tempo, se deixamos de fazê-lo, sentimos falta; o corpo enrijece; a alma padece.

Moradia e Cidadania: Para você, qual a importância da inserção dos empregados da CAIXA nas ações da ONG?

     A ONG não existiria se não fosse os empregados CAIXA, e não teria sentido se não houvesse sua participação nas ações. O problema é a questão “tempo”. Sabemos o quanto é difícil conciliarmos todos nossos compromissos da vida moderna e de um mundo capitalista, principalmente se pensarmos que “tempo é dinheiro”.

     Mas, o empregado tem a opção de ser um voluntário “associado”, no qual será ator dessas ações/transformações, colaborando com um valor simbólico mensalmente. Costumo dizer nas campanhas, que o bem que fazemos ao outro retorna para nós mesmos. Como? Reduzindo a ignorância e a miséria, facilitando o acesso ao conhecimento/profissionalização e criando mais oportunidades de trabalho para pessoas menos favorecidas. Hoje posso dizer com orgulho, que a ONG ocupa um lugar e um tempo muito valiosos em minha vida. Tento dar o meu melhor para termos um mundo melhor.

Para mais detalhes sobre a Coordenação GO, clique aqui.

Veja a galeria de fotos: 
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