Dora Lúcia Neuberger

6 jul 2009
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Dora Lúcia Neuberger

Trabalho é amor tornado visível”. 

 

    É com essa frase, do filósofo Khalil Gibran, que  apresentamos a história de Dora Lúcia Neuberger .

   Economiária aposentada, natural da cidade de Porto Alegre, Dora Lúcia descobriu o prazer em trabalhar para a construção de um mundo melhor. Há cinco anos ela trabalha fazendo a diferença em comunidades de baixa renda, pela capital Gaúcha Porto Alegre. “Quando se começa a fazer trabalho voluntário, não se consegue mais parar. Costumo dizer que o trabalho voluntário faz mais bem a quem o faz do que a quem o recebe”, afirma Dora.

    Ela mostra que aposentado não é inativo e recruta colegas que se aposentaram para atuar na ONG.  Ela brinca dizendo que faz papel de agente dupla na Moradia e Cidadania.  “Como também integro a Associação Gaúcha de Economiários Aposentados, chamo muitos colegas para atuar na ONG e levo a eles as notícias dos nossos projetos”. 

    A gerente administrativo-financeira da Moradia e Cidadania, Dora Lúcia, completou cinco anos de voluntariado no dia 8 de março. Duas vezes por semana ela executa estas atividades: “É muito gratificante ajudar um grupo sério como é a nossa ONG”, comemora.

    O início do voluntariado coincidiu justamente com sua aposentadoria no banco federal. Formada como Técnico de Contabilidade, Dora foi convidada para administrar as contas da Moradia e Cidadania em 2004. Aceitou de imediato. “Sempre exerci atividades sociais. Participava do Comitê de Combate à Fome nos anos 1980 e depois segui fazendo doações particulares a instituições”, revela.

 

Moradia e Cidadania: Como que começaram as suas atividades como voluntária?

Dora: Depois de me aposentar, procurei a AGEA – Associação Gaúcha de Economiários Aposentados para me associar e aproveitei pra perguntar se havia algum trabalho voluntário ali. Falaram-me do Grupo Solidariedade, que fazia visitas aos colegas que estivessem hospitalizados. Engajei-me neste grupo e, pouco tempo depois, fui convidada pelo Laurêncio, então coordenador da ONG no RS, a auxiliar na contabilidade da ONG.

Moradia e Cidadania: Qual a importância de desenvolver projetos sociais em comunidades ?

Dora: No meu pensamento, o mais importante nesta tarefa é vermos a realidade da situação de cada comunidade, vermos por nós mesmos, sem ser através da mídia, vermos com nossos próprios olhos e com nosso coração. Depois, destaco a importância de as pessoas da comunidade sentirem que alguém se preocupa em melhorar suas condições de vida, que se o governo não tem condições de atender a todos os necessitados (ou excluídos), existem pessoas que estão dispostas a ajudar, na medida de seus conhecimentos e disponibilidades.

Moradia e Cidadania: Como você, voluntária, avalia o trabalho da Moradia e Cidadania?

Dora: Considero o trabalho da Moradia como sendo sério, voltado para os necessitados e de grande utilidade pública.

Moradia e Cidadania: O que uma pessoa precisa para ser voluntária?

Dora: Vontade e, às vezes, um convite.

Moradia e Cidadania: Na sua opinião, falta alguma coisa para que o trabalho que você desenvolve em parceria com a Moradia e Cidadania seja ainda melhor?

Dora: Eu gostaria de saber passar minhas convicções a um maior numero de colegas aposentados, para que se juntassem a nós. Gostaria de ter o poder do convencimento.

Moradia e Cidadania: Qual é a mensagem que você gostaria de transmitir às pessoas que têm vontade de ajudar as pessoas de baixa renda?

Dora: Diria que viessem, que se juntassem a nós, pois a Moradia realiza um trabalho sério e de grande valor para a população menos favorecida; que não ficassem em casa todo o tempo, que bastam algumas horas por semana para que possamos nos sentir realizados, humanamente realizados.

Moradia e Cidadania: Para você, qual a importância da inserção dos aposentados da CAIXA nas ações da ONG?

Dora: Sabemos que muitos colegas aposentados e pensionistas tem o encargo de cuidar dos netos, mas alguns têm disponibilidade de tempo. A estes eu diria que nosso tempo ocioso tem um valor inestimável para algumas pessoas. Podemos ensinar qualquer coisa que soubermos ou quisermos, pois muitas são as necessidades. Podemos ensinar a fazer doces, pães; podemos ensinar a costurar, a pintar tecidos, paredes, muros, telas; podemos ensinar a ler, enfim, são inumeráveis as necessidades. É importante sairmos de casa e vermos o mundo com novos olhos.

    “Com o trabalho de voluntária, eu aprendi a ver com o coração e a dar maior valor a um abraço do que a algumas moedas. Quanto às pessoas que são atendidas, algumas dão valor e se tornam multiplicadores, outras ainda acreditam que não fazemos mais do que nossa obrigação em atendê-las. O que aprendi de maior valor foi que caminhamos juntos, independente das situações diferentes que cada ser humano tem que viver”, afirma.

    A satisfação com o trabalho é o seu pagamento. “O serviço de doação faz mais bem para quem doa do que para quem recebe”, defende.

    Especialmente no caso dos aposentados, Dora acredita que esse tipo de atuação é fundamental. Muitos reclamam que não têm atenção da família. Nesse caso, a pessoa se dedica aos outros e recebe em troca muito carinho. Supre essa falta que alguns aposentados sentem”, acredita.

    E salienta: “Aposentado não é inativo”! Por isso incentiva qualquer tipo de ocupação voluntária. “Pode ser na igreja, na associação de bairro… o que importa é seguir trabalhando”, conclui.

    “Com o trabalho de voluntária, eu aprendi a ver com o coração e a dar maior valor a um abraço do que a algumas moedas. Quanto às pessoas que são atendidas, algumas dão valor e se tornam multiplicadores, outras ainda acreditam que não fazemos mais do que nossa obrigação em atendê-las. O que aprendi de maior valor foi que caminhamos juntos, independente das situações diferentes que cada ser humano tem que viver”, afirma.

    A satisfação com o trabalho é o seu pagamento. “O serviço de doação faz mais bem para quem doa do que para quem recebe”, defende.

    Especialmente no caso dos aposentados, Dora acredita que esse tipo de atuação é fundamental. Muitos reclamam que não têm atenção da família. Nesse caso, a pessoa se dedica aos outros e recebe em troca muito carinho. Supre essa falta que alguns aposentados sentem”, acredita. E salienta: “Aposentado não é inativo”! Por isso incentiva qualquer tipo de ocupação voluntária. “Pode ser na igreja, na associação de bairro… o que importa é seguir trabalhando”, conclui. “Com o trabalho de voluntária, eu aprendi a ver com o coração e a dar maior valor a um abraço do que a algumas moedas. Quanto às pessoas que são atendidas, algumas dão valor e se tornam multiplicadores, outras ainda acreditam que não fazemos mais do que nossa obrigação em atendê-las. O que aprendi de maior valor foi que caminhamos juntos, independente das situações diferentes que cada ser humano tem que viver”, afirma. A satisfação com o trabalho é o seu pagamento. “O serviço de doação faz mais bem para quem doa do que para quem recebe”, defende. Especialmente no caso dos aposentados, Dora acredita que esse tipo de atuação é fundamental. Muitos reclamam que não têm atenção da família. Nesse caso, a pessoa se dedica aos outros e recebe em troca muito carinho. Supre essa falta que alguns aposentados sentem”, acredita.

    E salienta: “Aposentado não é inativo”! Por isso incentiva qualquer tipo de ocupação voluntária. “Pode ser na igreja, na associação de bairro… o que importa é seguir trabalhando”, conclui.

 

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