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“Trabalho é amor tornado visível”.
É com essa frase, do filósofo Khalil Gibran, que apresentamos a história de Dora Lúcia Neuberger .
Economiária aposentada, natural da cidade de Porto Alegre, Dora Lúcia descobriu o prazer em trabalhar para a construção de um mundo melhor. Há cinco anos ela trabalha fazendo a diferença em comunidades de baixa renda, pela capital Gaúcha Porto Alegre. “Quando se começa a fazer trabalho voluntário, não se consegue mais parar. Costumo dizer que o trabalho voluntário faz mais bem a quem o faz do que a quem o recebe”, afirma Dora.
A gerente administrativo-financeira da Moradia e Cidadania, Dora Lúcia, completou cinco anos de voluntariado no dia 8 de março. Duas vezes por semana ela executa estas atividades: “É muito gratificante ajudar um grupo sério como é a nossa ONG”, comemora.
O início do voluntariado coincidiu justamente com sua aposentadoria no banco federal. Formada como Técnico de Contabilidade, Dora foi convidada para administrar as contas da Moradia e Cidadania em 2004. Aceitou de imediato. “Sempre exerci atividades sociais. Participava do Comitê de Combate à Fome nos anos 1980 e depois segui fazendo doações particulares a instituições”, revela.
Moradia e Cidadania: Como que começaram as suas atividades como voluntária?
Dora: Depois de me aposentar, procurei a AGEA – Associação Gaúcha de Economiários Aposentados para me associar e aproveitei pra perguntar se havia algum trabalho voluntário ali. Falaram-me do Grupo Solidariedade, que fazia visitas aos colegas que estivessem hospitalizados. Engajei-me neste grupo e, pouco tempo depois, fui convidada pelo Laurêncio, então coordenador da ONG no RS, a auxiliar na contabilidade da ONG.
Moradia e Cidadania: Qual a importância de desenvolver projetos sociais em comunidades ?
Dora: No meu pensamento, o mais importante nesta tarefa é vermos a realidade da situação de cada comunidade, vermos por nós mesmos, sem ser através da mídia, vermos com nossos próprios olhos e com nosso coração. Depois, destaco a importância de as pessoas da comunidade sentirem que alguém se preocupa em melhorar suas condições de vida, que se o governo não tem condições de atender a todos os necessitados (ou excluídos), existem pessoas que estão dispostas a ajudar, na medida de seus conhecimentos e disponibilidades.
Moradia e Cidadania: Como você, voluntária, avalia o trabalho da Moradia e Cidadania?
Dora: Considero o trabalho da Moradia como sendo sério, voltado para os necessitados e de grande utilidade pública.
Moradia e Cidadania: O que uma pessoa precisa para ser voluntária?
Dora: Vontade e, às vezes, um convite.
Moradia e Cidadania: Na sua opinião, falta alguma coisa para que o trabalho que você desenvolve em parceria com a Moradia e Cidadania seja ainda melhor?
Dora: Eu gostaria de saber passar minhas convicções a um maior numero de colegas aposentados, para que se juntassem a nós. Gostaria de ter o poder do convencimento.
Moradia e Cidadania: Qual é a mensagem que você gostaria de transmitir às pessoas que têm vontade de ajudar as pessoas de baixa renda?
Dora: Diria que viessem, que se juntassem a nós, pois a Moradia realiza um trabalho sério e de grande valor para a população menos favorecida; que não ficassem em casa todo o tempo, que bastam algumas horas por semana para que possamos nos sentir realizados, humanamente realizados.
Moradia e Cidadania: Para você, qual a importância da inserção dos aposentados da CAIXA nas ações da ONG?
Dora: Sabemos que muitos colegas aposentados e pensionistas tem o encargo de cuidar dos netos, mas alguns têm disponibilidade de tempo. A estes eu diria que nosso tempo ocioso tem um valor inestimável para algumas pessoas. Podemos ensinar qualquer coisa que soubermos ou quisermos, pois muitas são as necessidades. Podemos ensinar a fazer doces, pães; podemos ensinar a costurar, a pintar tecidos, paredes, muros, telas; podemos ensinar a ler, enfim, são inumeráveis as necessidades. É importante sairmos de casa e vermos o mundo com novos olhos.