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Por Eleni Soares Fagundes Coordenadora Estadual/Amazonas
As pessoas de várias nacionalidades e línguas diferentes, muitas vezes com dificuldades de se comunicarem através da fala, se comunicavam através da música.
Além dos shows previstos na programação, houve os imprevistos, aqueles expontâneos, em qualquer lugar, de qualquer jeito e com qualquer público. Bastava um violão, uma percussão ou uma voz, para de repente iniciar um grande espetáculo internacional.
Vi um grupo de franceses experimentando alguns passos de carimbó e um paraibano repentista fazendo versos para umas estudantes da Suécia. Um grupo de palestinos cantava e dançava, chamando a atenção do mundo para suas dores.
Além do carimbó, cantado e dançado lindamente pelos paraenses, que não economizaram carinho e atenção para os participantes do Fórum, também pude ouvir guitarra portuguesa acompanhando fado da melhor qualidade.
Onde mais teríamos a oportunidade de conhecer música feita pelos curdos, maior grupo étnico do mundo que não possui Estado próprio, com seus tambores que fazem-nos lembrar algumas cadências do nosso samba? Isso é o Fórum Social Mundial.
A música cada vez mais se consolida como linguagem universal fundamental para a construção de um outro mundo.